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Movement in Brazil Speaks out against Amazon Forest Burning

#Statements#Defense of territory#Ecological justice
September 2019

Movement of People Affected by Dams

Below is a statement from the Movement of People Affected by Dams (MAB), first in English then below in Portuguese.  A longtime partner of Grassroots International, MAB advocates for the human right to water, land and energy sovereignty, particularly for people displaced by dams and other mega-projects. 

Abaixo está uma declaração do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), primeiro em inglês e depois em português. Um parceiro de longo prazo da Grassroots International, o MAB defende o direito humano à água, à terra e à soberania energética, especialmente para pessoas deslocadas por barragens e outros megaprojetos.

MAB’s Position on Amazon Forest Burning

The Brazilian Movement of People Affected by Dams (MAB) disagrees with the practices that devastate the Amazon forest and animals, which became evident as the burnings intensified after large landowners and lumber industry called for a “Fire Day”, which synchronously, burned large areas on August 10th.

The destruction of the Amazon forest is a worldwide problem. Deforestation and burning cause great losses to nature and affect the Brazilian population, from the countryside and the city, as well as the entire world population. These episodes of destruction result in national infamy. The destruction of the extraordinary Amazonian biodiversity is unacceptable.

It must be said that behind the fire and smoke there are great inter-capitalist attempts over the appropriation, control and exploitation of the Amazon Forest.

This concerns a territory with strategic natural bases accounting with important water reserves, minerals, biodiversity, forests, lands, energy, gas, petroleum, among other elements. Local and international business groups dispute for ownership and use for exploitation and, of course, great profitability.

Agribusiness farmers and lumber industry who set fire to the forest claim for an uncontrolled expansion of their businesses within the Amazon. They demand an end to environmental supervision and legislation and desire deforestation, to incorporate new areas of land use to cattle pasture, soybean planting, sawmill wood, mining in preservation areas, and the revision of native people land demarcation.

In this scenario, there is the dispute among large international economic groups as well as nations with geopolitical interests wanting to access and explore the Amazon on numerous business fronts. They are transnational and financial corporations that intend to transform the Amazon into a great commodity through the privatization of natural wealth and monetization of the forest to exploit and profit from the natural bases of their territory.

Bolsonaro’s government policies for the Amazon are wrong and contribute to complicate the situation. The strategy of Brazil’s subordination to the US imperialism is also a delinquency – expressing great risk to the Amazon. It has become public that the Brazilian government has chosen the United States as its ally and main partner on the Amazon exploitation, which represents serious consequences for the forest region as well as for Latin America. The plan is not yet fully revealed, but it is certain that there is an accelerated process for changes in Amazonian environmental legislation and the delivery of strategic bases and locations for economic exploitation with strong foreign military presence on the region.

The authorities must be able to take measures of full care and defence of the sovereignty of our Amazonian territory and to immediately stop deforestation and burning. The international solidarity of people who want to strengthen the care and protection of our forest is welcome.

The Brazilian people must demonstrate to the world, disagreement with the Amazon destruction and the best way to do that is through people struggle. For this reason, the MAB guides all its militants and all people affected by dams from all over Brazil to actively participate in the actions in defence of the Amazon so that the struggle and solidarity of people may expand throughout the complete territory.

Movement of People Affected by Dams

Movimento dos Atingidos por Barragens

Sao Paulo, Brazil, August 28, 2019.

Water and energy with sovereignty, wealth distribution and popular control!


Nota pública: “Defender a Amazônia é defender a vida”
Publicado em qua, 28/08/2019 – 18:46

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) não concorda com as práticas retrógradas que devastam a floresta e os animais, que ganharam visibilidade com a intensificação dos incêndios após fazendeiros e madeireiros terem convocado o “Dia do Fogo”, que, de forma orquestrada, queimou grandes áreas no dia 10 de agosto.

A destruição da floresta Amazônica é um problema que atinge a todos. O desmatamento e as queimadas causam grandes perdas à natureza e afetam a população brasileira, do campo e da cidade, além de toda a população mundial.

São episódios de destruição resultando em vergonha nacional. Destruir a extraordinária biodiversidade amazônica é algo que não devemos aceitar de forma alguma. É preciso dizer que por trás do fogo e da fumaça existem grandes disputas intercapitalistas pela apropriação, controle e exploração da Amazônia.

Estamos falando de um território com bases naturais estratégicas que conta com presença de importantes reservas de água, minérios, biodiversidade, florestas, terras, energia, gás, petróleo, entre outros elementos. Grupos empresariais locais e internacionais disputam a posse e utilização para exploração e, claro, elevada lucratividade.

Os fazendeiros e madeireiros ligados ao agronegócio, que ateiam fogo na floresta, reivindicam a expansão sem controle de seus negócios na Amazônia. Estes setores cobram o fim da legislação e fiscalização ambiental e querem a ampliação da derrubada da floresta, a incorporação de novas áreas de terras para uso em pastagens para criação de gado, plantio de soja, o uso de madeiras para serrarias, áreas para mineração em reservas e parques de preservação, e a revisão das demarcações de terras de povos originários.

Neste cenário, há a disputa de grandes grupos econômicos internacionais e nações com interesses geopolíticos que querem acessar e explorar a Amazônia em diversas frentes de negócios. São transnacionais e corporações financeiras que pretendem transformar a Amazônica em uma grande mercadoria por meio da privatização da riqueza natural e monetarização da floresta para explorar e lucrar com as bases naturais de seu território.

As políticas do governo Bolsonaro para a Amazônia estão erradas e colaboram para o agravamento da situação. Também é errada a estratégia de subordinação do Brasil ao imperialismo estadunidense – e aí está o grande risco à Amazônia. Já se tornou público que o governo brasileiro escolheu os Estados Unidos como aliado e parceiro principal para explorar a Amazônia e isso terá consequências graves para a região da floresta e para a América Latina como um todo. O plano ainda não está inteiramente revelado, mas é certo que há um processo acelerado para mudanças na legislação ambiental de uso da Amazônia e a entrega de locais e bases estratégicas para exploração econômica e presença militar estrangeira sobre a região.

As autoridades devem ter a grandeza de adotar medidas de pleno cuidado e defesa soberana do nosso território amazônico e de imediato fazer cessar o desmatamento e as queimadas. E não é errada a solidariedade internacional dos povos que querem fortalecer o cuidado da nossa floresta.

O povo brasileiro deve demonstrar ao mundo que não concorda com a destruição da Amazônia e a melhor maneira é a luta*. Por isso, o MAB orienta a toda sua militância e atingidos por barragens de todo o Brasil a participarem de forma ativa nas ações em defesa da Amazônia para que a luta e a solidariedade dos povos se ampliem em todo território.

Movimento dos Atingidos por Barragens

São Paulo, Brasil, 28 de agosto de 2019

Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular!

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